Com IA, cientistas criam índice que previne hospitalizações de pessoas com diabetes

Tecnologia

Um novo estudo desenvolvido pela Universidade da Flórida trouxe avanços no cuidado do diabetes tipo 2. Os pesquisadores criaram uma ferramenta inovadora para ajudar a prever o risco social de hospitalização em pacientes com diabetes tipo 2. Isso é importante porque fatores sociais, como moradia instável ou falta de transporte, podem agravar a saúde dessas pessoas.

O que é o índice de risco polissocial?

Os cientistas usaram inteligência artificial (IA) para criar o “Índice de Risco Polissocial” (iPsRS). Essa ferramenta combina dados de saúde dos pacientes com informações do ambiente em que eles vivem. O iPsRS vai além dos cuidados tradicionais de saúde, pois considera também fatores sociais que afetam diretamente a saúde das pessoas. Esses fatores incluem o bairro onde a pessoa vive, as taxas de violência na área, a estabilidade financeira e até se a pessoa tem uma casa segura para morar.

Como o estudo foi realizado?

O estudo incluiu mais de 10.000 pessoas com diabetes tipo 2. A ferramenta se mostrou eficaz, com uma precisão de 71% em prever quais pacientes estão em maior risco de hospitalização. A grande novidade do iPsRS está em como ele usa a IA para entender a interação entre vários fatores sociais e de saúde, ajudando a prever e prevenir complicações graves.

Para criar essa ferramenta, os pesquisadores analisaram prontuários médicos e cruzaram essas informações com dados do ambiente em que os pacientes vivem. Dessa forma, puderam identificar como as condições de vida de uma pessoa podem aumentar o risco de hospitalizações. A IA permite entender melhor como esses fatores sociais, quando somados, podem afetar a saúde de forma negativa.

Como a ferramenta promove igualdade no cuidado à saúde?

Outro ponto importante é que o estudo garantiu que a ferramenta fosse justa para pessoas de todas as raças e etnias. Isso é fundamental, pois muitos grupos minoritários, como pessoas negras e hispânicas, sofrem mais com complicações do diabetes. O iPsRS ajusta esses riscos para não prejudicar nenhum grupo, promovendo mais equidade no atendimento.

Essa nova abordagem pode ajudar os médicos a identificar quais pacientes precisam de mais atenção e intervenções específicas, tornando o tratamento mais eficiente e justo. Com o Índice de Risco Polissocial, os profissionais de saúde terão uma ferramenta poderosa para melhorar a qualidade de vida de pacientes com diabetes tipo 2 e reduzir as hospitalizações.

DOI: https://doi.org/10.1038/s41467-024-52960-9

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