4 motivos que faz a glicose subir, além da alimentação

Tratamento

Saiba como evitar essas situações que aumentam a glicemia e manter um melhor controle do diabetes

Isabella Pedreira da Redação Um Diabético

Divulgação: Tom Bueno e Carol Netto, nutricionista

Muitas pessoas acreditam que a glicose só fica alta quando se come algo doce ou muito carboidrato. No entanto, isso não é verdade, e existem outros fatores que podem influenciar no controle da glicemia. No vídeo dessa semana, compartilhamos alguns motivos que podem fazer a glicose subir, além da alimentação.

O primeiro motivo é o uso de alguns remédios. Diversos medicamentos podem afetar o controle da glicemia de forma direta. Entre eles estão os corticosteroides, utilizados para tratar inflamações e outras condições, que podem elevar os níveis de açúcar no sangue; diuréticos, que ajudam a eliminar o excesso de líquidos do corpo, mas podem aumentar a glicemia em algumas pessoas; betabloqueadores, usados no tratamento da hipertensão e outras condições, que podem mascarar os sintomas de hipoglicemia e dificultar o controle da glicemia; antidepressivos, como os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRSs), que podem aumentar o risco de hipoglicemia; antipsicóticos, medicamentos utilizados para tratar distúrbios psiquiátricos, que podem aumentar a resistência à insulina e elevar a glicemia; e contraceptivos orais, algumas pílulas anticoncepcionais que podem aumentar a glicemia em algumas mulheres.

É importante lembrar que nem todas as pessoas que usam esses medicamentos terão problemas com o controle da glicemia. Porém, se você está em tratamento para diabetes e usa algum desses medicamentos, é importante conversar com seu médico para avaliar se há necessidade de ajustar a dose ou trocar por um medicamento alternativo.

O segundo motivo é o sono. Dormir bem é fundamental para manter a glicemia sob controle, pois durante o sono o corpo produz alguns hormônios que podem influenciar na regulação da glicose. Um estudo publicado na revista científica Diabetes Care em 2015, intitulado “Sleep Duration and Glycemic Control in Patients With Diabetes Mellitus Type 2: A Meta-analysis” (Duração do sono e controle glicêmico em pacientes com diabetes mellitus tipo 2: uma meta-análise, em tradução livre), mostrou que a qualidade e duração do sono podem ter um impacto significativo no controle da glicemia em pacientes com diabetes tipo 2.  meta-análise incluiu 10 estudos, com um total de 447 participantes com diabetes tipo 2, e descobriu que uma duração insuficiente de sono estava associada a níveis mais elevados de hemoglobina glicada (HbA1c), um marcador importante do controle da glicemia a longo prazo. Os resultados sugeriram que uma duração de sono menor do que seis horas por noite pode estar associada a um aumento de 1,4% na HbA1c, o que representa um risco significativo para o desenvolvimento de complicações diabéticas.