Duas pesquisas recentes na China trouxeram avanços promissores na luta contra o diabetes, sendo descritas como potenciais curas experimentais para casos específicos de diabetes tipo 1 e tipo 2. Esses estudos têm se destacado globalmente e lançam luz sobre os possíveis caminhos para tratamentos mais abrangentes.
Relembre as 2 histórias divulgadas em 2024
Em um hospital de Xangai, cientistas conduziram uma terapia de transplante celular inovadora em um paciente de 59 anos com diabetes tipo 2 há mais de duas décadas. Em julho de 2021, o paciente passou pelo procedimento, após o qual ele foi progressivamente desmamado da insulina e dos medicamentos orais. Passados 33 meses, ele se encontra sem necessidade de insulina ou medicamentos, com suas células pancreáticas funcionando de forma independente para manter o controle glicêmico. Esse avanço representa uma esperança promissora para pacientes com diabetes tipo 2 em estágios avançados, sugerindo que terapias celulares podem oferecer uma nova perspectiva de tratamento para esse público.
Outra pesquisa inovadora foi realizada com uma paciente de 25 anos com diabetes tipo 1. Os cientistas retiraram células do tecido adiposo da própria paciente, as reprogramaram para células-tronco e, em seguida, as diferenciaram em células produtoras de insulina, conhecidas como células de ilhotas pancreáticas. Como as células eram derivadas da própria paciente, não houve rejeição imunológica. Em cinco meses, ela estabilizou seus níveis de glicose e reduziu drasticamente a dependência de insulina, até parar de necessitar de injeções completamente. Após um ano, seus níveis de glicose permaneciam estáveis, sem complicações. Este avanço indica que a reprogramação celular pode ser uma abordagem eficaz para casos de diabetes tipo 1.