Muito utilizada como tempero, a canela se tornou alvo de manchetes na internet após um estudo recente divulgar que o consumo dela melhora a qualidade de vida de pessoas com diabetes. Mas, será que realmente é um alimento que deve ser consumido diariamente?

Para esclarecer essa dúvida, buscamos a nutricionista, Tarcilla Campos, para entender como o resultado deste estudo pode impactar a vida de quem convive com o diabetes. A canela é uma especiaria utilizada como tempero para receitas há milhares de anos. Além disso, é bastante conhecida por suas propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, com diversos benefícios à saúde. 

Segundo a visão da especialista, a canela é muito versátil e saudável. Por isso, é recomendada na alimentação, junto a frutas e fibras, por ser uma forte aliada no controle glicêmico. Ela possui propriedades antioxidantes e apresenta bons resultados na redução da glicemia, porém não há estudos científicos de alto nível e profundidade que evidenciem e garantam a eficácia da canela para o controle glicêmico. 

Em geral, a canela faz bem para a saúde e pode ser incluída na rotina alimentar – contudo, apesar de diminuir fatores que agravam o diabetes, não têm efeito curativo. “Lembre-se sempre que o uso da canela não deve substituir nenhuma medicação prescrita pela equipe médica e o planejamento alimentar”, alerta  Tarcila.

O Estudo

Um novo estudo, publicado pelo American Journal of Clinical Nutrition, apresentou resultados positivos em relação ao uso de suplementos à base de canela, indicando a redução dos níveis de glicose no sangue em pessoas com pré-diabetes e sobrepeso. 

A pesquisa avaliou um pequeno grupo de pessoas com sobrepeso ou obesidade que apresentavam pré-diabetes, por 4 semanas. Durante esse tempo, os participantes realizaram uma dieta monitorada e divididos em dois grupos, aleatoriamente: um que fez uso de cápsulas de canela por dia e outro que recebeu a mesma quantidade de placebo.

Os resultados mostraram que o grupo que fez uso da canela, teve níveis mais baixos de glicose no sangue de maneira consistente e picos de glicose mais baixos do que aqueles que tomaram a mesma quantidade de placebo.