Apesar dos análogos de insulina basal ( liberação lenta) já estarem incorporados ao Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2019, para pacientes com diabetes tipo 1, até agora , o Ministério da Saúde não comprou os medicamentos. O impasse estaria acontecendo por dificuldade de interpretação do texto publicado no Diário Oficial naquela época.
O texto coloca a condição de que o custo do tratamento seja igual ou inferior ao da insulina NPH, que é a insulina oferecida pelo SUS. Uma possível diferença de interpretação da publicação entre os órgãos responsáveis pelo abastecimento estaria bloqueando a compra da medicação que deveria estar disponível há 5 anos para milhares de brasileiros. O Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos, que faz as compras entende que as insulinas análogas de ação prolongada deveriam ter o mesmo valor da insulina NPH, mas o custo de tratamento do diabetes envolve mais do que apenas a insulina, como também todos os insumos relacionados a manutenção da glicemia como por exemplo: glicosímetro e fitas para medição da glicose.
Em 2021, ocorreram dois pregões para a compra das insulinas análogas de ação prolongada com o preço baixo, acoplado com o valor da insulina NPH. No ano passado os membros da Comissão de Incorporação de Tecnologias do SUS abriu uma outra consulta pública para saber se a sociedade realmente quer esta tecnologia. A reposta foi afirmativa e a própria instituição reconheceu a superioridade de sua ação, quando compara a insulina NPH.
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