Adoçante e diabetes: OMS revela preocupação

Alimentação

Isabella Pedreira da Redação Um Diabético

A Organização Mundial da Saúde (OMS) expressou preocupação esta semana em relação aos possíveis efeitos indesejados do uso prolongado de adoçantes no desenvolvimento de diabetes tipo 2, doenças cardíacas e mortalidade, de acordo com um comunicado recente.

É comum o uso de adoçantes como alternativa ao açúcar na alimentação de pessoas que convivem com o diabetes. Os adoçantes são substâncias que conferem um sabor doce aos alimentos sem aumentar significativamente os níveis de glicose no sangue, o que os torna uma opção viável para aqueles que precisam controlar o açúcar no sangue.

A OMS ressaltou que os adoçantes de origem artificial são os mais preocupantes. O estudo menciona os seguintes adoçantes mais comuns: acesulfame de potássio, aspartame, advantame, ciclamatos, neotame, sacarina e sucralose. Porém, os adoçantes feitos de açúcar de baixa caloria e álcool de açúcar, como eritritol e xilitol, não foram incluídos nos estudos.

É válido lembrar que a principal causa do diabetes tipo 2 é o excesso de peso corporal, falta de atividade física e uma dieta pouco saudável, rica em calorias e açúcares adicionados. Controlar o peso corporal, praticar exercícios físicos regularmente e adotar uma alimentação equilibrada são as principais medidas para prevenir o desenvolvimento do diabetes tipo 2.

A Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO) também compartilhou seu posicionamento, esclarecendo o não consumo de adoçantes em dietas para perda de peso. A ABESO ressalta que o documento da OMS é direcionado a governos, ou seja, aos responsáveis por políticas públicas. Individualmente, a recomendação não implica que as pessoas parem de usar esses produtos, cujo consumo deve ser analisado dentro de um padrão alimentar geral. Além disso, a ABESO incentiva o consumo de alimentos naturais em detrimento dos alimentos processados e ultra processados.