A preferência por sabores adocicados em alguns alimentos para quem convive com diabetes, pode ser um grande desafio. O equilíbrio entre o sabor mais doce e o controle glicêmico gera dúvidas como: qual é o tipo de açúcar eu devo usar, ou se eu utilizasse o mel para dar um sabor doce? O portal UmDiabético trouxe a relação entre duas opções e qual seria a melhor para sua rotina alimentar.
A recomendação geral, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é que tanto o açúcar quanto o mel sejam consumidos com moderação, representando entre 5% e 10% do total de calorias ingeridas diariamente. No entanto, quanto mais próximo dos 5%, melhor para a saúde.
O mel, por ter menos frutose e outros minerais em sua composição, é processado e absorvido mais lentamente pelo organismo em comparação com o açúcar refinado. Em termos nutricionais, o mel apresenta 48 kcal e 12 g de carboidratos por porção, enquanto o açúcar contém 96 kcal e 26 g de carboidratos na mesma medida.
Quando se trata dos tipos de açúcar, a coordenadora do Departamento de Nutrição da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Marlice Marques, destaca que há uma variedade de opções no mercado, cada uma com suas características específicas. O açúcar cristal, por exemplo, é facilmente identificado por seus pequenos cristais transparentes e passa por um processo de refinamento que retira cerca de 90% das vitaminas e minerais. Já o açúcar mascavo, mais escuro e úmido, é praticamente o caldo de cana concentrado, sem passar por processamento químico.
Quanto ao mel, sua composição varia de acordo com o tipo de planta de onde é coletado o néctar e fatores ambientais. No entanto, todos os tipos de mel são permitidos para pessoas com diabetes, desde que inseridos em um plano alimentar saudável. A exceção são as crianças menores de um ano, a recomendação é que não devem consumir mel devido ao risco de contaminação por esporos da bactéria Clostridium botulinum, causadora do botulismo infantil.
É importante ressaltar que, independentemente da escolha entre açúcar ou mel, o consumo deve ser moderado e integrado a uma alimentação balanceada, sob orientação de um profissional de saúde. Essa abordagem contribui para o controle adequado da glicemia e para a promoção da saúde geral em indivíduos com diabetes.
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