A insulina, um hormônio vital para milhões de brasileiros com diabetes, enfrenta uma escassez no mercado nacional. Essa crise, que se arrasta há meses, coloca em risco a saúde e a qualidade de vida de pessoas que dependem desse medicamento para controlar a doença.
O número de pessoas com diabetes no Brasil vem crescendo significativamente. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), estima-se que mais de 16 milhões de brasileiros convivem com a doença, o que representa cerca de 6% da população. Esse aumento impacta diretamente na demanda por insulina, pressionando o mercado e tornando o medicamento mais difícil de ser encontrado.
A pandemia de COVID-19 causou disrupções nas cadeias de suprimentos globais, impactando a produção e distribuição de medicamentos, incluindo a insulina. Fábricas foram fechadas, rotas de transporte foram interrompidas e a escassez de insumos tornou-se um problema global. Essa situação contribuiu para a crise de insulina no Brasil, dificultando o acesso ao medicamento por parte dos pacientes.
A complexa logística de entrega e distribuição de insulina no Brasil, que envolve diversos intermediários, também contribui para a escassez do medicamento. A falta de planejamento, a burocracia excessiva e a infraestrutura precária podem atrasar o envio da insulina para os locais onde ela é mais necessária, agravando a crise.
O processo de licitação pública para compra de insulina pelo SUS pode ser lento e enfrentar diversos problemas, como erros nos editais, falta de empresas participantes e recursos insuficientes. Essa situação pode levar a atrasos no fornecimento do medicamento para os pacientes, que dependem do SUS para ter acesso à insulina.
Sobre a Lantus®
Em comunicado, a empresa Sanofi informa que está enfrenta um período de risco de desabastecimento temporário do medicamento Lantus®, utilizado para o tratamento de diabetes. A recomendação para os pacientes é que conversem com seu médico sobre a melhor conduta para a continuidade do tratamento durante o período de risco de desabastecimento.
De acordo com a fabricantre, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi avisada sobre a situação na sexta-feira passada, dia 09 de fevereiro. Ela reconhece a importância do medicamento para pacientes, familiares e profissionais da saúde e está trabalhando para normalizar o fornecimento o mais rápido possível.
Consequências da falta de insulina
Sem o acesso regular à insulina, os níveis de glicose no sangue podem ficar descontrolados, levando a diversos riscos à saúde, como cegueira, doenças cardíacas, amputações e até mesmo morte. A falta de insulina pode ter um impacto devastador na saúde de pessoas com diabetes, comprometendo sua qualidade de vida e colocando em risco sua própria vida.
A falta de insulina limita as atividades diárias e o bem-estar de pessoas com diabetes, gerando estresse, ansiedade e medo. Os pacientes podem ter que fazer adaptações significativas em suas vidas para lidar com a escassez do medicamento, como mudar sua dieta, reduzir suas atividades físicas e realizar um monitoramento mais frequente da glicemia. Essa situação pode ter um impacto negativo na saúde mental e emocional dos pacientes, comprometendo seu bem-estar geral.
A compra de insulina no mercado privado pode ser extremamente onerosa para muitos pacientes, impactando significativamente seu orçamento familiar. A falta de acesso à insulina no SUS pode levar os pacientes a buscar alternativas no mercado privado, o que pode ser inviável para muitos. Essa situação pode levar à desassistência de pacientes com diabetes, que podem não ter condições de comprar o medicamento por conta própria.
Medidas urgentes para enfrentar a crise
Agilizar licitações públicas, diversificar os fornecedores de insulina e ampliar o acesso ao medicamento no SUS são medidas essenciais. O governo precisa tomar medidas urgentes para garantir o acesso à insulina para todos os pacientes que precisam. Isso inclui agilizar os processos de licitação, diversificar os fornecedores de insulina e ampliar o acesso ao medicamento no SUS.
Aumentar a visibilidade do problema, conscientizar a população e pressionar as autoridades por soluções é fundamental. A sociedade civil também precisa se mobilizar para enfrentar a crise da falta de insulina. Isso pode ser feito através de campanhas de conscientização, pressão sobre as autoridades e apoio a iniciativas que visam ampliar o acesso ao medicamento.
Investir em pesquisas para o desenvolvimento de novas alternativas de tratamento para o diabetes, como insulinas sintéticas ou análogos de ação prolongada, pode ajudar a mitigar o impacto da escassez no futuro. O investimento em pesquisa e desenvolvimento é fundamental para encontrar soluções a longo prazo para a crise da falta de insulina. Isso inclui o desenvolvimento de novas alternativas de tratamento para o diabetes, como insulinas sintéticas ou análogos de ação prolongada.
A falta de insulina no Brasil é um problema urgente que exige uma resposta rápida e eficaz por parte do governo, da indústria farmacêutica e da sociedade como um todo. A vida e o bem-estar de milhões de pessoas com diabetes dependem de ações imediatas para garantir o acesso a esse medicamento vital.
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