O mau hálito, algumas vezes, pode ser muito mais do que apenas uma questão de higiene bucal. De acordo com o ministério da saúde, o mau hálito pode estar associado à vários fatores e entre eles, a existência de doenças de origem metabólicas como: diabetes, enfermidades febris, alterações hormonais, secura da boca e estresse.
Cerca de 90% dos casos de mau hálito têm origem na própria boca, não no estômago, como muitos acreditam. Alterações no hálito podem ser um sinal de alerta, especialmente para pessoas que convivem com diabetes, na caso da glicemia estar descompensada, pode desencadear a presença de corpos cetônicos (substâncias solúveis em água que são produtos derivados da quebra dos ácidos graxos) na saliva, resultando em odores semelhantes ao odor de frutas apodrecidas. Isso ocorre quando a glicose no sangue alcançam níveis muito altos.
Além do odor característico, a sensação de boca seca também pode ser um indicador de elevação da glicose no sangue, causando hipossalivação, ou seja, diminuição do fluxo salivar. Esta condição não apenas afeta o hálito, mas também pode alterar o paladar.
Outro aspecto a ser considerado é o problema periodontal. A inflamação na gengiva pode manter os níveis de glicose elevados, dificultando o controle da doença. A dentista especialista Cíntia Rocha, ressalta a importância de uma abordagem multidisciplinar, onde a pessoa com diabetes deve manter sua glicemia dentro da meta estabelecida e estar em dia com suas consultas odontológicas.
Prevenção:
Para evitar o mau hálito e tratar suas causas, é importante que a pessoa com diabetes mantenha sua glicemia sob controle. Além disso, visitas regulares ao cirurgião-dentista são importantes para identificar e tratar problemas bucais que possam contribuir para o odor desagradável. O cuidado regular permite uma avaliação completa das condições da gengiva e das mucosas bucais, contribuindo para a saúde geral da pessoa.
Seja qual for a causa da halitose a higiene bucal é importante para manter a boa saúde, além de evitar as respectivas causas. Além da escovação e do uso do fio dental, o ideal é manter a periodicidade na limpeza da língua após as refeições e ao deitar, evitando o acúmulo de bactérias. Consultas odontológicas devem ser estimuladas, principalmente quando a pessoa já tiver realizado restaurações, próteses fixas ou adesivas, pois as mesmas podem estar com áreas que retenham restos de alimentos.
