4 meses de atraso: 350 mil brasileiros esperam a distribuição gratuita da Dapaglifozina no SUS

Saúde Pública

A ampliação da distribuição pelo SUS da Dapaglifozina, medicamento para tratar o diabetes tipo 2,  foi uma conquista comemorada em abril de 2023. Mas, até hoje isso não é uma realidade para quem tem o direito e depende do Sistema Público de Saúde.

Cerca de 350 mil brasileiros que deveriam ser beneficiados ainda aguardam pela distribuição do medicamento “moderno”, que promete melhorar a qualidade de vida das pessoas com mais de 40 anos que têm diabetes tipo 2 e risco de doenças cardiovasculares ou com alguma doença do coração. 

Apesar da decisão favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) e da publicação no Diário Oficial em Abril de 2023, o prazo de 180 dias estabelecido para iniciar a operação pelo Sistema Único de Saúde (SUS) expirou em outubro de 2023, ou seja, há quatro meses. E ainda não há previsão para que a distribuição aconteça.

Em 2020

Há 4 anos, o medicamento foi disponibilizado pelo SUS às pessoas com diabetes tipo 2 que não conseguiam o controle adequado em tratamento otimizado com metformina e sulfonilureia com idade igual ou superior a 65 anos e com doenças cardiovasculares. 

O remédio pode ser retirado em farmácias populares e drogarias privadas, sendo oferecido por coparticipação, se o paciente estiver dentro dos critérios do programa é pago cerca de 10% do valor do medicamento, o resto fica por conta do Ministério da Saúde.

Em 2023

Na nova decisão, aprovada em abril de 2023, foi determinado a ampliação para pessoas com mais de 40 anos que possuem diabetes tipo 2, doenças do coração ou que apresentam alto risco de desenvolver problemas cardiovasculares possam receber a medicação. 

Essa medida representa um avanço significativo, segundo entidades médicas como a Sociedade Brasileira de Diabetes, devido à eficácia do medicamento e seus poucos efeitos colaterais. A Dapaglifozina, além de ajudar no controle da glicose para quem convive com diabetes, também reduz o risco de doenças do coração e renal crônica. 

O que diz o Ministério Público (CONITEC)