Um medicamento oral para pessoas com diabetes tipo 1, chamado cadisegliatina, está sendo testado para prevenir episódios de hipoglicemia, uma condição em que os níveis de glicose (açúcar) no sangue caem abaixo do normal.
A cadisegliatina se destaca por ser o primeiro medicamento via oral criado para evitar a hipoglicemia em pacientes com diabetes tipo 1. Este remédio não substitui a insulina, mas atua como um coadjuvante. Ele auxilia na diminuição dos riscos de quedas bruscas nos níveis de glicose que podem ocorrer com o uso da insulina.
Remédio para hipoglicemia: FDA apoia a continuação dos estudos
O estudo que avalia a eficácia deste remédio foi aprovado para avançar para as fases 2 e 3 dos testes clínicos. Esses testes iniciais apresentaram dados importantes ao FDA, a agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos, que permitiu a continuação dos estudos. A aprovação final para o mercado continua distante, mas os avanços são significativos para quem convive com diabetes e sonha com tratamentos mais simples, menos invasiva e eficazes.
Como funciona o remédio para previnir a hipoglicemia?
Classificada como um ativador de glucoquinase seletiva do fígado, a cadisegliatina auxilia o órgão a gerenciar melhor os níveis de glicose no sangue. Quando os níveis de glicose estão altos, o medicamento promove a captação e o armazenamento de glicose pelas células hepáticas, ajudando a estabilizar a glicemia.
A hipoglicemia é uma complicação comum e perigosa do diabetes tipo 1. Episódios frequentes podem levar a problemas graves, como desconhecimento da hipoglicemia, danos cognitivos e cardíacos. No passado, o único tratamento aprovado para diabetes tipo 1 era o Symlin (pramlintide), um medicamento injetável.
O ensaio clínico atual está recrutando 150 participantes com diabetes tipo 1 nos Estados Unidos e tenham vivenciado ao menos um episódio de hipoglicemia nos últimos dois meses.
Os participantes serão divididos em três grupos:
- um tomando cadisegliatina uma vez ao dia;
- outro duas vezes ao dia;
- um terceiro grupo recebendo placebo.
O estudo analisará não apenas a redução de hipoglicemia, mas também outros fatores como controle da hemoglobina glicada, monitoramento contínuo de glicose, episódios de cetoacidose diabética, necessidade de insulina e alterações de peso.
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